Publicado por Redação em 5/09/08
Em conversa com jornalistas, presidente Lula, com cigarrilha entre os dedos, diz que defende o uso do fumo ‘em qualquer lugar’.
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(Fonte: Cristianismo Hoje / Agora Cornélio) - Na contramão das campanhas do Ministério da Saúde e das decisões de diversas prefeituras e governos estaduais restringindo o fumo em lugares públicos, o presidente Luiz Inácio da Silva fez ontem apologia do tabagismo. "Eu defendo, na verdade, o uso do fumo em qualquer lugar”, declarou Lula, durante uma entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto. Alguns repórteres presentes à conversa, que não teve registro fotográfico, disseram que o presidente fumava uma cigarrilha enquanto respondia às perguntas. Uma delas questionava sua opinião acerca do projeto federal que proíbe o fumo em lugares fechados. O projeto do Ministério da Saúde tramita na Casa Civil, desde fevereiro, e propõe a extinção dos fumódromos em recintos fechados, liberando o cigarro, com algumas exceções, apenas em casa ou na rua.Lula, no entanto, não quis se manifestar acerca do mérito da proposta. “Eu não vou propor. A idéia do ministério é a proibição do fumo em todos os lugares fechados. Eu mando o projeto para o Congresso e não voto”, declarou. Ao ser questionado sobre outro decreto, que proíbe o fumo no Palácio do Planalto, o presidente respondeu: “Menos na minha sala. Eu, se for na sala dos outros, certamente não fumarei porque respeito o dono da sala. Mas, na minha, sou eu que mando".A Casa Civil afirmou que o projeto federal “está em análise, sem previsão de ser enviado ao Congresso”, mas garantiu que o Palácio do Planalto observa a lei 9.294, de 15 de julho de 1996, e o decreto nº 2.018, de 1996. A lei proíbe o uso de cigarro ou qualquer outro produto do gênero em recinto coletivo, privado ou público, salvo em área destinada exclusivamente a esse fim, "devidamente isolada ou com arejamento conveniente". Pelo visto, a regra não é cumprida em todo o Palácio – ao menos, no gabinete de Lula, que fica no terceiro andar.A assessoria do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, informou que a pasta está priorizando seus esforços na aprovação da emenda 29, que destina mais recursos ao setor. Depois, a prioridade será a lei contra o tabagismo. Segundo a economista Márcia Pinto, o fumo traz prejuízo anual de R$ 338,6 milhões ao SUS, em internações para tratamento de enfermidades relacionadas ao hábito de fumar – inclusive quimioterapia em pacientes com câncer de pulmão.Especialistas criticam LulaMédicos e especialistas em tabagismo consideram “infeliz e irresponsável” declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a favor do fumo.O coordenador do ambulatório de tabagismo do Hospital das Clínicas de São Paulo, Montezuma Pereira identificou dois equívocos na declaração de Lula. O médico disse que é uma desconsideração do perigo do fumo passivo e o outro a desobediência à lei. Por sua vez, o ex-ministro da Saúde, Jamil Haddad mostrou-se atônito com as declarações do presidente. Na sua opinião, é uma vergonha um chefe de estado defender o hábito de fumar em qualquer lugar. Já a psicóloga Sílvia Cury, que coordena um programa antitabagismo no Hospital do Coração em São Paulo, considera a frase “infeliz e irresponsável”. A especialista lembra que não é contra o fumante, mas contra a contaminação provocada pelas substâncias cancerígenas exaladas pelo cigarro. A psicóloga ressalta que o próprio presidente Lula há dois anos aprovou adesão do Brasil à lei mundial de controle do tabagismo. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o fumo traz prejuízo anual de R$ 338 milhões ao SUS (Sistema Único de Saúde) em internações e quimioterapias. O tabagismo também provoca a morte de pelo menos trezentas mil pessoas por ano no Brasil.
Em conversa com jornalistas, presidente Lula, com cigarrilha entre os dedos, diz que defende o uso do fumo ‘em qualquer lugar’.
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(Fonte: Cristianismo Hoje / Agora Cornélio) - Na contramão das campanhas do Ministério da Saúde e das decisões de diversas prefeituras e governos estaduais restringindo o fumo em lugares públicos, o presidente Luiz Inácio da Silva fez ontem apologia do tabagismo. "Eu defendo, na verdade, o uso do fumo em qualquer lugar”, declarou Lula, durante uma entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto. Alguns repórteres presentes à conversa, que não teve registro fotográfico, disseram que o presidente fumava uma cigarrilha enquanto respondia às perguntas. Uma delas questionava sua opinião acerca do projeto federal que proíbe o fumo em lugares fechados. O projeto do Ministério da Saúde tramita na Casa Civil, desde fevereiro, e propõe a extinção dos fumódromos em recintos fechados, liberando o cigarro, com algumas exceções, apenas em casa ou na rua.Lula, no entanto, não quis se manifestar acerca do mérito da proposta. “Eu não vou propor. A idéia do ministério é a proibição do fumo em todos os lugares fechados. Eu mando o projeto para o Congresso e não voto”, declarou. Ao ser questionado sobre outro decreto, que proíbe o fumo no Palácio do Planalto, o presidente respondeu: “Menos na minha sala. Eu, se for na sala dos outros, certamente não fumarei porque respeito o dono da sala. Mas, na minha, sou eu que mando".A Casa Civil afirmou que o projeto federal “está em análise, sem previsão de ser enviado ao Congresso”, mas garantiu que o Palácio do Planalto observa a lei 9.294, de 15 de julho de 1996, e o decreto nº 2.018, de 1996. A lei proíbe o uso de cigarro ou qualquer outro produto do gênero em recinto coletivo, privado ou público, salvo em área destinada exclusivamente a esse fim, "devidamente isolada ou com arejamento conveniente". Pelo visto, a regra não é cumprida em todo o Palácio – ao menos, no gabinete de Lula, que fica no terceiro andar.A assessoria do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, informou que a pasta está priorizando seus esforços na aprovação da emenda 29, que destina mais recursos ao setor. Depois, a prioridade será a lei contra o tabagismo. Segundo a economista Márcia Pinto, o fumo traz prejuízo anual de R$ 338,6 milhões ao SUS, em internações para tratamento de enfermidades relacionadas ao hábito de fumar – inclusive quimioterapia em pacientes com câncer de pulmão.Especialistas criticam LulaMédicos e especialistas em tabagismo consideram “infeliz e irresponsável” declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a favor do fumo.O coordenador do ambulatório de tabagismo do Hospital das Clínicas de São Paulo, Montezuma Pereira identificou dois equívocos na declaração de Lula. O médico disse que é uma desconsideração do perigo do fumo passivo e o outro a desobediência à lei. Por sua vez, o ex-ministro da Saúde, Jamil Haddad mostrou-se atônito com as declarações do presidente. Na sua opinião, é uma vergonha um chefe de estado defender o hábito de fumar em qualquer lugar. Já a psicóloga Sílvia Cury, que coordena um programa antitabagismo no Hospital do Coração em São Paulo, considera a frase “infeliz e irresponsável”. A especialista lembra que não é contra o fumante, mas contra a contaminação provocada pelas substâncias cancerígenas exaladas pelo cigarro. A psicóloga ressalta que o próprio presidente Lula há dois anos aprovou adesão do Brasil à lei mundial de controle do tabagismo. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o fumo traz prejuízo anual de R$ 338 milhões ao SUS (Sistema Único de Saúde) em internações e quimioterapias. O tabagismo também provoca a morte de pelo menos trezentas mil pessoas por ano no Brasil.
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